sexta-feira, 17 de setembro de 2010









09/07/2010 às 20h27 - Atualizado em 09/07/2010 às 20h45

Em entrevista exclusiva à TV Vitória, Serra diz que divisão dos royalties chegou a "posição extremista que liquida ES"



ÁLVARO ZANOTTI
Redação Folha Vitória


Foto: Bruno Coelho

O embate em torno da proposta de redistribuição de royalties do pré-sal de forma igualitária entre todos os estados e municípios do país chegou a "posição extremista que liquida o Espírito Santo", na opinião do presidenciável José Serra (PSDB). A declaração foi dada durante entrevista exclusiva ao Jornal da TV Vitória, cuja audiência atinge 230 mil domicílios na Região Metropolitana de Vitória.
"Isso não vai acontecer", disse, taxativo, sobre a mudança que faria com que o Espírito Santo perdesse R$ 500 milhões apenas no primeiro ano em vigor. "Eu acho um absurdo. Em qualquer lugar do planeta as regiões produtoras têm uma participação especial. Porque o petróleo é transitório. Quando acaba, se não tiver feito outros investimentos fica pendurado na brocha. Então, isso é errado. Não tem cabimento", disse.
O candidato ainda afirmou que o momento do debate, por conta das proximidades com as eleições, foi completamente impróprio. "Não é uma questão que deveria ter entrado na pauta brasileira. Chegou-se a uma posição extremista que liquida Espírito Santo e Rio de Janeiro. Eu Presidente da República isso não vai acontecer", disse.
Mudança no marco proposta por Dilma
O candidato citou nominalmente a candidata do PT, Dilma Roussef, ao atribuir a ela a criação do projeto que muda o sistema de distribuição de royalties do país. "Essa ameaça permanente de tirar recursos do Espírito Santo, que é uma região produtora de petróleo, não vai acontecer. Esse fator de incerteza e angústia vai desaparecer e o Espírito Santo vai poder trabalhar bem na direção de seu progresso", disse.
Espírito Santo é importante

Foto: Bruno Coelho
José Serra, no início da tarde, atendendo à imprensa no Pólo de Confecções da Glória
Serra ainda foi questionado sobre os investimentos feitos pelo governo federal no Espírito Santo. Lembrou de obras atrasadas, como a de ampliação e modernização do Aeroporto de Vitória, a duplicação da BR-101 e a dragagem do Porto de Vitória.
"O Espírito Santo é um estado importante no Brasil. E vocês têm o segundo pior porto do país. Só perde para o de Salvador. Isso é inadmissível. É preciso ter prioridade clara e fazer acontecer. O Espírito Santo é estratégico do ponto de vista econômico. O Governo Federal tem uma divida com o Espírito Santo que eu quero eliminar cooperando", prometeu o candidato citando os repasses federais limitados ao Estado.
Violência e tráfico de drogas
O tucano ainda falou sobre as taxas de homicídios, que são altas no Espírito Santo, sempre com vinculação ao tráfico de drogas. "Somos especialmente vítimas do contrabando de armas e do tráfico de drogas. Por isso eu defendo que o governo federal seja co-responsável na questão da segurança. Combater a entrada nas fronteiras e fazer campanhas educacionais", disse, citando a criação da Lei Anti-Fumo.
Corpo a corpo pelo comércio

Foto: Bruno Coelho
Em uma loja ele parou para conferir uma banca com sandálias em oferta por R$ 14,96
A primeira parada do candidato foi o Pólo de Confecções da Glória, em Vila Velha. Serra caminhou pelas ruas, cumprimentou e posou para fotos com eleitores. Entrou em várias lojas e conversou com os comerciantes e funcionários. Em uma delas até parou para conferir uma banca com sandálias em oferta. Custavam R$ 14,96. Ainda em Vila Velha, atendeu ao pedido de uma eleitora e lhe deu um autógrafo no braço.
O corpo a corpo continuou pelo Centro de Vitória. Serra voltou a posar para fotos, a maior parte deles tiradas em celulares. Depois, entrou em um café. Acompanhado pelos deputados federais Luiz Paulo Vellozo Lucas, candidato ao Governo do Estado, e Rita Camata, ao Senado, ele tomou um café expresso - com açúcar.
Chegada atrasada em Vitória

Foto: Bruno Coelho
Serra chegou a Vitória por volta das 15h40 em um jatinho fretado com uma hora de atraso
Serra chegou a Vitória por volta das 15h40 em um jatinho fretado, acompanhado pelo vice Índio da Costa (DEM). O voo que trouxe o presidenciável atrasou mais de uma hora. Por conta disso, houve mudança na programação, que incluía uma visita ao comércio da Avenida Expedito Garcia, em Cariacica, que não aconteceu.
Serra desceu do jato e entrou em uma van. Luiz Paulo, acompanhado pelo vice Max da Mata (DEM); Rita Camata, Ricardo Oliveira, César Colnago e Guilherme Dias foram alguns dos tucanos que receberam o candidato. Muitos correligionários também estiveram no local. Do lado de fora, vários carros plotados e ainda um trio-elétrico.

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