terça-feira, 7 de setembro de 2010

Da Janela

Foi assim que eu vi
Da janela, escondido, de minha varanda
Seu vulto passar, como passam as nuvens
Num vento suave, assim lentamente
Deixando a saudade bem dentro da gente
Eu não tive coragem e nessa viagem
Que não tinha volta e agora na porta
Uma voz me chama
Não era ninguém, apenas um sonho
E a pensar me ponho se vou ou se fico
E naquela janela, em que se via o mundo
E ali perdido, igual vagabundo
Olhando, escondido, a rua deserta
Sentia que a rua já não era a mesma
Sem ver o seu vulto que já se perdeu
Foi tudo miragem e sua imagem
Agora num quadro da velha parede
De minha saudade eu fico a olhar
E volto à janela de novo pra ver,
Na minha lembrança, o meu bem-querer
Na rua deserta, por ali passar.

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